quinta-feira, 8 de abril de 2010

REPUBLICA VELHA - Apresentação 09/04/2010


Introdução
O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.
A República da Espada (1889 a 1894)

Proclamação da República (Praça da
Aclimação, atual Praça da República,
Rio de Janeiro, 15/11/1889)
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto. 
O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.

A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana)
Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.
República das Oligarquias
O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Surgiu neste período o
tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino

Introdução

No inicio do período republicano no Brasil (final do século XIX e começo do XX), vigorou um sistema conhecido popularmente como coronelismo. Este nome foi dado, pois a política era controlada e comandada pelos coronéis (ricos fazendeiros). 
O coronelismo
A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
Características do coronelismo:

- Voto de Cabresto: na
República Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais.

- Fraude eleitoral: os coronéis costumam alterar votos, sumir com urnas e até mesmo patrocinavam a prática do voto fantasma. Este último consistia na falsificação de documentos para que pessoas pudessem votar várias vezes ou até mesmo utilizar o nome de falecidos nas votações.

- Política do café-com-leite: no começo do século XX, os estados de
São Paulo e Minas Gerais eram os mais ricos da nação. Enquanto o primeiro lucrava muito com a produção e exportação de café, o segundo gerava riqueza com a produção de leite e derivados. Os políticos destes estados faziam acordos para perpetuarem-se no poder central. Muitos presidentes da República, neste período, foram paulistas e mineiros.

- Política dos Governadores: os governadores dos estados e o presidente da República faziam acordos políticos, na base da troca de favores, para governarem de forma tranqüila. Os governadores não faziam oposição ao governo central e ganhavam , em troca deste apoio, liberação de verbas federais. Esta prática foi criada pelo presidente Campos Sales (1898-1902) e fortaleceu o poder dos coronéis em seus estados.
Fim do coronelismo
Com a Revolução de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas à presidência da República, o coronelismo perdeu força e deixou de existir em várias regiões do Brasil. Apesar disso, algumas práticas do coronelismo, como, por exemplo, a compra de votos e fraudes eleitorais continuou existindo, por muito tempo, em algumas regiões.
A crise da República Velha e o Golpe de 1930
Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da
Era Vargas.

Economia

No campo da economia, predominou as exportações de café, base da economia e maior fonte de receita tributária. Foi também um período de modernização, com grandes surtos de industrialização, como o ocorrido durante a Primeira Guerra Mundial, porém, a economia continuaria dominada pela cultura do café, até a Quebra da Bolsa de valores de Nova Iorque, durante a Crise de 1929.

A República Velha perante a história

Os monarquistas, por seu lado, lembram que o império brasileiro tinha conhecido um período de paz de 40 anos inédito no mundo, de 1849 a 1889. Como, ao contrário do Império, houve na República Velha, muitos conflitos armados e violência, a república velha foi acusada, pelos monarquistas, de ter sido a causa de tantas revoltas políticas.
Por seu lado, os defensores da República velha contra argumentam que estes conflitos políticos eram inevitáveis com a urbanização do país e que a Política dos Estados do Dr. Campos Sales era muito boa e que só quando esta "Política dos Estados" não foi seguida que ocorrerram revoltas armadas.
A conduta honrada dos políticos da República Velha foi atestada pela própria Revolução de 1930, que estabeleceu uma Justiça revolucionária e um Tribunal especial e uma Junta de Sanções com objetivo de investigar desvios e corrupção eventuais dos políticos depostos e nada encontrou de irregular, encerrando suas atividades depois de meses de investigações infrutíferas.
A República Velha começou agrária e rural, em um país sem fronteiras definidas, e chegou a 1930 com as fronteiras definidas pacificamente, industrializado e urbanizado, dizem os defensores da República Velha.
Já os críticos da República Velha afirmam que os vícios e desvios da "Política dos Estados" eram graves e que ela não soube absorver os novos conflitos e problemas originários da urbanização e crescimento acelerado da população.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Raio,Relâmpago e Trovão(Fisica)


E. E. E. B. Prudente de Morais
Professor: Jeferson Silveira                                        Disciplina: Física

Raio, Relâmpago e Trovão

Os raios são descargas intensas que ocorrem das nuvens para a Terra (chamados nuvem-terra) ou Terra para as nuvens (chamados terra-nuvem), sendo estes últimos mais raros. Os raios, segundo pesquisas, são mais frequentes em cidades e onde há poluição (aprisionada pelo efeito da inversão térmica) e onde se formam ilhas de calor. A inversão térmica é um fenômeno no qual uma camada de ar frio se estabiliza abaixo de uma camada de ar quente. Nesse caso, os gases produzidos por automóveis e casas não sobem além do topo da camada de ar frio, ficando aprisionados. É comum ver em lagos, no inverno, esse fenômeno em menor escala: se houver fumaça, ela pode ficar próxima da superfície da água e não subir, se mantendo assim por um bom tempo. As ilhas de calor são assim chamadas porque são regiões de temperatura mais elevadas do que as regiões circundantes. Em locais mal arborizados, como os que têm muitas ruas e prédios, a temperatura é maior do que em regiões afastadas, com poucas construções e mais arborizadas. Por quê? Se a radiação solar incide na superfície, esta se aquece, reemitindo radiação infravermelha. Em outras palavras, emite calor! Esse calor emitido aquece o ar. Estudos detalhados mostram, por exemplo, que ruas estreitas entre prédios, quando iluminadas por radiação solar, criam correntes de convecção (propagação solar) no ar, aumentando a temperatura ambiente. Os motores dos automóveis, as máquinas de indústrias e outros expelem certa quantidade de calor para o ambiente, também ajudando a aquecer o ar (segunda Lei da Termodinâmica). Se houvesse nessa região muitas arvores, elas ajudariam não só a resfriar o ar (pelos sues processos internos), como ainda impediriam que boa parte da radiação solar atingisse o solo, que não se aqueceria tanto. O efeito global disso é que as regiões próximas ao centro das cidades acabam por se tornar regiões de maior temperatura do que as regiões mais afastadas. Esse perfil de temperatura pode ser estável durante um bom tempo e é isso que se chamam ilhas de calor. Além disso, há indícios de que a incidência dos raios é estimulada pelo aquecimento global e pelas queimadas (essas podem estar associadas aos super-raios, descargas em torno de dez vezes mais intensas que as habituais).
O fenômeno básico que desencadeia o raio é a chamada quebra da rigidez dielétrica do ar. Em outras palavras, quando o ar passa de isolante a condutor. Se as cargas que se acumulam na nuvem induzirem na Terra uma quantidade de cargas grandes o suficiente, o ar pode passar a conduzir e a descarga se dá através dele. O raio é a descarga líder, que se inicia na nuvem e vem descendo até a Terra. Instantes antes de chegar a Terra, a essa descarga líder se adiciona a chamada descarga de retorno, produzindo o relâmpago. Essa descarga de retorno sobe da Terra para a nuvem. O escoamento de cargas pelo ar é tão intenso que aquece o mesmo a temperaturas da ordem de 30000°C, produzindo luz intensa (que pode causar cegueira temporária em alguns casos). Esse superaquecimento abrupto aumenta a pressão violentamente, gerando uma onda de compressão supersônica (onda de choque) que termina por produzir um som audível de uma explosão, o trovão. O som nada mais é do que uma onda de pressão que se propaga em um meio material. Se uma pessoa está próxima a um local onde caiu um raio e não sofreu consequências graves de eletrocussão (isso pode ocorrer), pode sofrer consequências da onda de choque. Se for atingida por uma compressão violenta do ar, ela pode sofrer, por exemplo, traumas, como ruptura dos tímpanos.