sábado, 1 de maio de 2010

Primeira Guerra Mundial - Apresentação 30/04/2010

Primeira Guerra Mundial (1914-1918)


Antecedentes


Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do
século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns
países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África,
ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado
de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam
explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado
consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode
ser considerada uma das causas da Grande Guerra.
Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência
comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados
consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre
as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida
armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro
próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países,
onde um tentava se armar mais do que o outro.
Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito
grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena
para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava
no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região
perdida.
O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado
de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em
unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia
com os países eslavos.
Alianças


Os países europeus começaram a fazer alianças políticas e militares desde
o final do século XIX. Durante o conflito mundial estas alianças permaneceram.
De um lado havia a Tríplice Aliança formada em 1882 por Itália, Império Austro-Húngaro
e Alemanha (a Itália passou para a outra aliança em 1915). Do outro lado
a Tríplice Entente, formada em 1907, com a participação de França, Rússia
e Reino Unido.
O Brasil também participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros
e medicamentos para ajudar os países da Tríplice Entente.
O inicio da Guerra


O que influenciou o conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando,
príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina).
As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio
chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos
Bálcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia
com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra a Servia.
A Rússia mobilizou seus exércitos contra a Áustria. A Alemanha então
declarou guerra a Rússia e a França, e invadiu a Bélgica. O Reino Unido entrou
no conflito dia 4 de agosto e ficaram definidos os dois campos. De um lado
as potencias centrais: Alemanha e o império austro-húngaro, apoiados por Turquia
e Bulgária. Do outro os aliados: Rússia, Sérvia, Montenegro, França, Reino
Unido e Bélgica.
Após superar a resistência belga, o exército alemão invadiu a França
na expectativa de uma vitória rápida, para poder concentrar depois suas forças
contra a Rússia. De fato, chegou a 50 km de Paris, mas foi rechaçado na batalha
do Marne, entre 5 e 10 de setembro. Os alemães então se entrincheiraram ao
norte, de onde tentaram dominar a região da Mancha. A “corrida para o mar”
dos alemães foi frustrada por uma ofensiva anglo-francesa com apoio belga.
Desenvolvimento


As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados
ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista
de pequenos pedaços de território. A fome e as doenças também eram os inimigos
destes guerreiros. Nos combates também houve a utilização de novas tecnologias
bélicas como, por exemplo, tanques de guerra e aviões. Enquanto os homens
lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indústrias bélicas como
empregadas.
Participação brasileira (1917-1918)


Em 26 de outubro de 1917, após o torpedeamento de vários navios cargueiros
brasileiros por submarino alemães, o Brasil declarou guerra à Alemanha. A
participação brasileira foi restrita, porém útil. Uma divisão naval foi enviada
em ajuda aos aliados, mas em Dacar a peste vitimou 464 dos 2 mil tripulantes.
Dez aviadores do Corpo de Aviação Naval participaram do patrulhamento do
Atlântico, e uma missão médica, composta de 100 cirurgiões, seguiu para a
França. Navios dos Lóide Brasileiro ajudaram a transportar tropas americanas
para a Europa.
Fim do conflito


Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos
Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente,
pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e
França. Este fato marcou a vitória da Entente, forçando os países da Aliança
a assinarem a rendição. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado
de Versalhes que impunha a estes países fortes restrições e punições. A Alemanha
teve seu exército reduzido, sua indústria bélica controlada, perdeu a região
do corredor polonês, teve que devolver à França a região da Alsácia Lorena,
além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores. O Tratado
de Versalhes teve repercussões na Alemanha, influenciando o início da Segunda
Guerra Mundial.
A guerra gerou aproximadamente 10 milhões de mortos, o triplo de feridos,
arrasou campos agrícolas, destruiu indústrias, além de gerar grandes prejuízos
econômicos.


Tratado Versalhes


Assinado em 28 de junho de 1919, o Tratado de Versalhes foi um acordo
de paz assinado pelos países europeus, após o final da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918). Neste Tratado, a Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito
mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, econômicas
e militares. Estas exigências foram impostas à Alemanha pelas nações vencedoras
da Primeira Guerra, principalmente Inglaterra e França. Em 10 de janeiro
de 1920, a recém criada Liga das Nações (futura ONU) ratificou o Tratado
de Versalhes.


Exigências do Tratado de Versalhes


· Reconhecimento da independência da Áustria;
· Devolução dos territórios da Alsácia-Lorena à França;
· Devolução à Polônia das províncias de Posen e Prússia Ocidental;
· As cidades alemãs de Malmedy e Eupen passariam para o controle da Bélgica;
· A província do Sarre passaria para o controle da Liga das Nações por
15 anos;
· A região da Sonderjutlândia deveria ser devolvida à Dinamarca
· Pagamento aos países vencedores, principalmente França e Inglaterra,
uma indenização pelos prejuízos causados durante a guerra. Este valor foi estabelecido
em 269 bilhões de marcos;
· Proibição de funcionamento da aeronáutica alemã (Luftwaffe);
· A Alemanha deveria ter seu exército reduzido para, no máximo, cem mil
soldados;
· Proibição da fabricação de tanques e armamentos pesados;
· Redução da marinha alemã para 15 mil marinheiros, seis navios de guerra
e seis cruzadores.


Consequências do Tratado de Versalhes


As fortes imposições do Tratado de Versalhes à Alemanha, fez nascer neste
país um sentimento de revanchismo e revolta entre a população. A indenização
absurda enterrou de vez a economia alemã, já abalada pela guerra. As décadas
de 1920 e 1930 foram marcadas por forte crise moral e econômica na Alemanha
(inflação, desemprego, desvalorização do marco). Terreno fértil para o surgimento
e crescimento do nazismo que levaria a Alemanha para outro conflito armado,
a Segunda Guerra Mundial.

Referencias 



  • http://www.suapesquisa.com/primeiraguerra/

  • http://www.suapesquisa.com/pesquisa/tratado_de_versalhes.htm

  • Enciclopédia Barsa vol. 7, pag.: 259





  • Nome do Grupo: Hélio, Matheus e Roger

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